Entre todos os tipos de câncer, o câncer de pele é um dos mais comuns no mundo. Sozinho, ele representa 33% dos tumores malignos registrados apenas no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos diagnosticados a cada ano. Mas, apesar desses números, a doença ainda é subestimada por algumas pessoas.
O câncer de pele é provocado pelo crescimento descontrolado das células que compõem o tecido cutâneo. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as camadas afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer.
Apesar da exposição excessiva e sem proteção aos raios solares não ser a única causa do câncer de pele, o hábito é o principal fator de risco para desencadear neoplasias. Vale ressaltar que essa exposição é cumulativa, ou seja, quanto maior a exposição desprotegida ao sol, maior o dano celular.
NÃO MELANOMA
Há três tipos principais de câncer de pele, sendo que o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, conhecidos também como câncer de pele não melanoma, são os mais frequentes.
Apesar de apresentar baixa letalidade, o câncer de pele não melanoma pode causar deformações que prejudicam a qualidade de vida do paciente, caso não seja diagnosticado precocemente e tratado de forma adequada. Em casos raros, podem ocorrer metástases.
MELANOMA
O melanoma é uma forma mais rara e agressiva de câncer de pele, com alto potencial de produzir metástases: ele representa apenas 5% dos casos, mas é responsável por mais de 90% das mortes relacionadas ao câncer de pele. Para aumentarmos as chances de um prognóstico favorável, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais.
DERMATOSCOPIA E DIAGNÓSTICO
Em uma consulta dermatológica, avaliamos o histórico familiar e pessoal do paciente, e examinamos toda a sua pele observando as características clínicas das lesões pigmentadas e não pigmentadas, como formato, cor, tamanho e textura.
Além do exame físico, aqui na clínica realizamos um exame adicional chamado dermatoscopia: uma técnica de diagnóstico indolor e não invasiva, realizado com um aparelho especial chamado Dermatoscópio, que nos permite identificar precocemente as lesões suspeitas. A identificação precoce aumenta muito as chances de cura do câncer de pele.
TRATAMENTO
Atualmente, há um grande arsenal terapêutico para combater os diferentes tipos de câncer de pele e a cirurgia dermatológica para retirada da lesão é o principal tratamento na maioria dos casos.
Quando a doença está em estágios iniciais, o procedimento pode ser feito em nível ambulatorial, sem internação. Além da retirada completa do tumor com margem de segurança, a cirurgia tem o objetivo de fazer a reconstrução funcional e estética da área tratada.
No caso do melanoma, dependendo do estágio, também pode ser necessário realizar tratamento medicamentoso quimioterápico e/ou radioterapia. Atualmente, existem vários estudos em busca de novos medicamentos para o tratamento dos casos graves e inoperáveis, o que mantém a nossa confiança em novas possibilidades terapêuticas.
O AUTO-EXAME DA PELE
A incidência de câncer de pele tem aumentado muito nos últimos anos e o diagnóstico precoce é a principal chance de cura. Quando a pessoa procura pelo médico dermatologista logo que viu uma pinta ou uma lesão “estranha” na pele, mais rápido o problema pode ser tratado!
E a única forma de você saber se há algo estranho ou diferente em você, é olhando para si, conhecendo a sua própria pele e os detalhes dela. Este é o chamado Auto-Exame da Pele.
Para fazê-lo adequadamente, siga estes sete passos:
Ao conhecer as suas próprias pintas e sinais na pele, você ficará atento(a) para um novo sinal que não existia e que pode requerer uma análise do dermatologista. Preste atenção nestas pistas:
Uma pinta que muda conforme a sigla ABCDE também deve chamar sua atenção:
Você pode realizar o exame de pele uma vez ao mês. E saiba que ele pode salvar a sua vida!
Caso tenha alguma dúvida ou encontre qualquer diferença ou alteração na sua pele, procure orientação de seu/sua dermatologista.